Escritor Daniel Tonetto ganhará cadeira na Academia Santa-Mariense de Letras

Bernardo Abbad

Escritor Daniel Tonetto ganhará cadeira na Academia Santa-Mariense de Letras
Foto: Pedro Piegas

Na sexta-feira, 26, às 19h, o advogado criminalista, professor de Direito e escritor Daniel Figuera Tonetto será investido na Academia Santa-Mariense de Letras (ASL). Ele assume a cadeira 33, cujo patrono é o escritor Afif Simões. A cerimônia será na Câmara de Vereadores.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Daniel Tonetto, de 41 anos, nasceu em São Sepé, mas veio para Santa Maria ainda adolescente. Ele é conhecido por sua atuação na área de advocacia criminal no Rio Grande do Sul há mais de 20 anos.

Daniel tem ganhado notoriedade como escritor após o lançamento da trilogia best-seller “Crime em Família”, formada pelos livros “O Crime”, “O Julgamento” e “O Veredito”, publicados entre 2018 e 2020, que conta a vida de famílias que possuem, direta ou indiretamente, ligação com um crime narrado em “O Crime”. Os livros da série foram sucesso de vendas na Feira do Livro de Santa Maria. Em 2021, o escritor lançou a obra “O Madre Tereza”, livro de quase 400 páginas que traz a história de um típico colégio público de uma cidade interiorana do sul do país, fundado no início do século XX.

Daniel conta que está trabalhando em duas novas obras esse ano: um romance policial, que deve ser concluído até o final de 2022, e outro livro mais técnico, voltado à área do Direito. O escritor foi indicado pelos demais membros da ASL para assumir uma cadeira na Academia.

– Fiquei extremamente feliz e honrado quando fui informado que faria parte da Academia. Admiro a todos que fazem parte da ASL e os trabalhos e projetos realizados pela entidade – diz Daniel.

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Instalada em Assembleia Geral Extraordinária em 8 de novembro de 2006, a Academia Santa-Mariense de Letras nasceu dos 20 anos de existência e experiência da Associação Santa-Mariense de Letras, sendo os 15 sócios efetivos fundadores empossados na noite de 15 de dezembro de 2006. A ASL compõe-se de 40 cadeiras e, consequentemente, também de 40 Patronos, que são figuras notáveis já falecidas, com seus nomes estabelecidos no Estatuto da Academia. A sede da ASL fica na Biblioteca Pública Henrique Bastide e o atual presidente da instituição é João Marcos Adede y Castro.

Conforme o presidente da ASL, a forma de escolha de novos membros pode ocorrer de duas formas. O escritor interessado encaminha um requerimento ao Presidente, acompanhado de seu currículo e de seus livros publicados, sendo seu nome submetido à uma Comissão Sindicante. Ou então, um ou mais membros da Academia indicam o escritor, e seu currículo e livros são examinados pela Comissão Sindicante, que dá um parecer. Em qualquer uma das formas, se o parecer da Comissão Sindicante for favorável, o nome do escritor é submetido à Plenária da Academia e, se aprovado, ele é informado. A Plenária examina a qualidade literária e o comportamento social do candidato, que deve ser autor de livros solos, ou seja, não basta ser autor de textos publicados junto com outros escritores.Assim, organiza-se uma cerimônia em que o escritor escolhido é solenemente introduzindo no salão e apresentado aos presentes por um acadêmico, que lê a sua biografia. Ele toma a palavra e lê biografia do Patrono da cadeira, recebe a medalha da ASL e um diploma. Das 40 vagas, atualmente apenas 25 estão efetivamente ocupadas, em razão do falecimento de alguns dos acadêmicos, Quando a cadeira 40 for ocupada, passa-se a ocupar a primeira cadeira vaga que, no caso, é a número 1.

Foto: Fabiano Marques

Conforme Adede y Castro, a preocupação não é completar o quadro, mas escolher escritores de qualidade e que sejam pessoas participativas na Academia. Segundo ele, também é levado em consideração o comportamento social do candidato, o que não significa escolhas político-partidárias, por exemplo, mas que devem ser pessoas honestas e respeitadas pela comunidade:

– Eu sempre digo e destaco nas investiduras que ser acadêmico é muito mais que uma honra, é um compromisso. Compromisso de participar das reuniões e eventos, auxiliar nos trabalhos administrativos e, principalmente, continuar produzindo literatura. A posse na ASL não é apenas um título para constar no currículo, mas muito trabalho – completa o presidente da ASL.

Acadêmicos efetivos da ASL*

1 –   Antonio Augusto Ferreira (1935-2008) – Cadeira Nº 1 – Patrono: Barbosa Lessa2 –   Aristilda Rechia – Cadeira Nº 2 – Patrono: Mario Quintana3 –   Lígia Militz da Costa – Cadeira Nº 3 – Patrono: Felippe D’Oliveira4 –   José Bicca Larré (1929-2019)– Cadeira Nº 4 – Patrono: Alceu Wamosy5 –   Ruth Farias Larré (1938-2015) – Cadeira Nº 5 – Patrono: Apparício Silva Rillo6 –   Humberto Gabbi Zanatta (1948-2018) – Cadeira Nº 6 – Patrono: João Cezimbra Jacques7 –   Máximo Trevisan – Cadeira Nº 7 – Patrono: Luiz Guilherme do Prado Veppo8 –   Tânia Lopes – Cadeira nº 8 – Patrono: Erico Verissimo9 –   Letícia Raimundi Ferreira – Cadeira nº 9 – Patrono: Aureliano de Figueiredo Pinto10 –  Carla Mano – Cadeira Nº 10 – Patrono: Josué Guimarães11 –   Celina Fleig Mayer – Cadeira Nº 11 – Patrono: Romeu Beltrão                   12 –   Evandro Caldeira – Cadeira Nº 12 – Patrono: Caio Fernando Abreu               13 –   Lauro Trevisan – Cadeira Nº 13 – Patrono: Carlos Reverbel                    14 –   Darcy Paixão – Cadeira Nº14 (1935-2017) – Patrono: João Simões Lopes Neto                    15 –   Dinara Paixão – Cadeira Nº 15 – Patrono: Guilhermino César                         16 –   João Marcos Adede y Castro – Cad. Nº 16 – Patrono: Darcy Azambuja           17 –   Daniel Arruda Coronel – Cadeira Nº 17 – Patrono: João Daudt Filho             18 –   Maria Margareth Garcia Vieira – Cadeira Nº18 – Patrono: Dyonélio Machado         19 –   João Eduardo O. Irion(1928-2017)-Cadeira Nº19 – Patrono:José Mariano da Rocha Fº 20 –  José Vanderlei Prestes Oliveira – Cadeira Nº 20 – Patrono: Alcides Maya            21 –   Eugenia M. Mariano da Rocha Barichello – Cadeira Nº 21 – Patrono João Belém22 –   Maria BarbieroVenite – Cadeira Nº 22 – Patrono: Ignez Sofia Vargas23 –   Neiza Leite Veleda (1919-2019) – Cadeira nº 23 – Patrono: Ernesto Wayne24 –   Haydée Schlichting Hostin Lima: Cad.nº 24 – Patrono: Edmundo Cardoso25 –   Onilse Noal Pozzobon – Cadeira nº 25 – Patrono: Chico Ribeiro26 –   Valdo Barcelos – Cadeira nº 26 – Patrono: Cyro Martins27 –   Auri Antônio Sudati – Cadeira nº 27 – Patrono: Álvaro Moreyra28 –   Maria Edinara Leão Moreira – Cadeira nº 28 – Patrono: Vianna Moog          29 –   Carlos Alberto Bellinaso (1960-2019) – Cadeira nº 29 – Patrono: Roque Callage30 –   Moisés Silveira de Menezes – Cadeira n° 30 – Patrono: Manoelito de Ornellas31 –   Carlos Giovani Delevati Pasini – Cadeira nº 31 – Patrono: Adelmo Simas Genro32 –   Athos Ronaldo Miralha da Cunha – Cadeira nº 32 – Patrono: Apparício Torelly33 –   Daniel Figueira Tonetto – Cadeira nº 33 – Patrono: Afif Jorge Simões Filho

*Desta lista, são falecidos e, portanto, suas cadeiras estão vagas: Antonio Augusto Ferreira, José Bicca Larré, Ruth Farias Larré, Humberto Gabi Zanatta, Darcy Paixão, João Eduardo Irion, Neiza Veleda e Carlos Alberto Belinazzo.

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